quarta-feira, 5 de março de 2008

Volcom G.C.





























Fala galera. Ainda sou novo nessa iniciativa de criar um diário virtual com meus trabalhos, mesmo porque a cronologia dos que mostro aqui está um pouco misturada, ainda não peguei o jeito de como fazer fluir de forma linear, mas vou postando os que mais me agradaram. Hoje colocarei as imagens referentes ao meu trabalho finalista no Volcom Graphic Contest, enviei uma marmita simulando um "delivery artístico" e fui feliz com minha idéia, muitos já conheciam, alguns comentavam, mas está ai o trabalho para que vejam e opinem.
Meu conceito era meio maluco, tudo junto e misturado, como minhas idéias, não sigo um padrão de criação, ainda não sou feliz de poder dizer que firmei um estilo próprio, mas cada uma de minhas experimentações trazem nelas um pouco do que valorizo, minhas referências, momentos e idéias, deixo o trabalho explicitar, pelo que é, ele que deve aparecer. Vou explicar aqui o porque das artes.
Inicialmente, quando criei o conceito, nada era definido, quando comecei a organizar as idéias o que saiu foi uma mistura que ao meu ver deu certo, a idéia da marmita surgiu por eu ter um determinado prazo pra finalizar as artes que era curto como sempre, e eu morando no interior pensei em mandar como um serviço de entrega, e por que não pensar nisso como uma mistureba cultural "macarrônica"? Ao meu ver nossas referências hoje são muitas, bombardeados de informação por todos os lados cabe a cada um filtrar as informações e organiza-las de acordo com o que pode ser útil para cada um, isso digo pensando na relação do individuo com as "mídias", a partir dai pensar no trabalho como um todo. Partindo da idéia de que o que faço não é nada mais que mostrar minhas idéias para os outros, o trabalho precisa ser uma faisca pra atiçar a mente dos que o vêem.
Deixando o discurso pretensioso de lado, o que quis foi misturar uma referência nostalgica, uma arte com fundo mais critico e algo autoral cujo sentido está na brincadeira que a plataforma que escolhi me permitiu.

A arte da lápide fiz para remeter aos shapes de skate hoje tidos como vintage, o famoso skate tubarão, eu tinha um desses, marrom e laranja com rodas indestrutíveis que ainda serão encontradas por um arqueólogo num futuro distante (plagiando um trecho do texto do livro "A onda dura"). A idéia era prestar uma homenagem a esses shapes com suas artes apocalipticas e nada mais trash/cult que essa referência "contos da cripta" meu pai deu uma mãozinha literalmente ele foi meu modelo pra desenhar a mão surgindo do túmulo, meio tétrica a homenagem mas valeu pai.
A arte inspirada no trabalho de René Magritte já é algo mais fundamentado quis mostrar nessa ilustração a necessidade da busca pela identidade, que de forma errada, na falsa impressão que temos ao passar o que somos pelo que vestimos, as marcas que consumimos e tudo mais, identidades socias, distintivos que nos tornam mais iguais que qualquer coisa, nos divide em castas e fazemos isso com um sorriso no rosto. Essa critica, que tem o intuito de mostrar que independente da marca, filosofia implicita e toda essa mentira que querem nos empurrar goela abaixo para que continuemos consumindo, devemos procurar outras maneiras de individualidade. Já a arte do garfo é um mero devaneio hohoho.

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